terça-feira, 11 de novembro de 2008
COTIDIANO QUEBRADO
Fica deitada esperando a hora certa de levantar.
Todos os dias ela olha para o lado,
Vê que está vazio, sem ninguém para admirar.
Todos os dias levanta com o pé direito,
Pois se for com o esquerdo coisa boa não pode esperar.
Ao banhar molha primeiro o pé, depois as mãos e faz o sinal da cruz,
Que é pra Deus lhe proteger.
Hoje ela acordou, olhou para o lado, tinha alguém.
Está feliz com isso mas não sabe o que fazer.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
CARPEM DIEN
“Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”
Profº Zézim
Lá fora está chovendo, e nem sei se quer dizer se são elas as minhas lágrimas. Aos poucos a ficha vai caindo, tanta coisa mudou... Já não brinco de boneca, vídeo game não me chama tanto a atenção. Às vezes penso que poderia ser um pouco mais disciplinada, esforçada e muita coisa mudaria, talvez eu sentisse mais medo, ou melhor, dizendo, menos medo, porque de tanto medo talvez, eu seja assim, tão isolada de mim mesma. Descobri que não sou panela, mas funciono muito bem na pressão, e passei a sentir os sabores e dissabores da vida, porque até então só conhecia os dissabores. Me aproximei de amigos os quais estava afastada, passei a valorizar cada minuto ao lado deles, porque pode ser o último. Descobri que entre duas alternativas existem três escolhas, e que seja ela qual for, inúmeras conseqüências. Aprendi que às vezes uma palavra pode salvar um monte de coisas, assim como destruir, valendo o mesmo para um gesto. Que muitas vezes a vida se assemelha com uma partida comum de futebol, onde na maioria das vezes, se o time ganha foi por causa de seu grupo de atacantes fantásticos, mas se perde a culpa é do goleiro. Coitado, sendo assim, seja lá qual for a sua intenção, se der certo bem, você vai ser elogiado ali naquele momento, talvez até durante uma semana, mas se não der certo, vão jogar na sua cara pelo resto da vida, e disso entendo bem, eu tenho um porão cheio, às vezes abro a porta e olho: dói.
Resolvi então limpar. Porão interno sujo é como uma ferida inflamada: se não limpar, pode infeccionar, e perder o controle de tudo, perde-se de si. Dentro do porão não deixam de existir feridas, não posso me permitir perder-me de mim. E em razão de tudo isso, passei a olhar a vida com outros olhos, passei descobrir prazer naquilo que parece ser sem graça, percebi que um segundo pode durar uma hora ou uma vida se souber ser bem aproveitado, estou aprendendo a viver cada dia da minha vida como se fosse o ultimo, estou descobrindo o significado ao se viver o “Carpem Dien”.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
PALAVRAS - PARTE I
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
DESCRIÇÃO
Uma menina presa numa camisa de força
(ou seria melhor dizer de gesso);
Um copo de cristal quebrado ao menor ruído,
E que pensava ser mais um desses de metal Qualquer.
Pura ilusão...
Uma menina iludida, que anda com os pés descalços
Porque gosta de sentir a "terra"
(por mais quente e torturante que ela esteja),
E que, por mais dura que a vida seja,
Vive sorrindo dela, levando-a na brincadeira,
Pois é melhor rir, mesmo na hora de chorar...
Uma menina que rir de tudo
E que faz piada das próprias desgraças
Porque sabe que, por mais certa que seja,
Para quem fica (porque eu mesma não a temo),
Pior mesmo é a morte...
Uma menina que faz as coisas procurando não errar,
E no entanto, só vive errando.
Um poço de paciência, um muro de tranqüilidade
(se bem que um muro divide dois lados,
e vai ver do outro está a ansiedade,
que vez outra teima em pular só pra provocar),
E o mundo hoje exige pressa,
E quando todos estão correndo, estou andando;
E quando todos andam, estou dormindo,
Porque as vezes, bom mesmo é sonhar...
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
SINTONIA
Jane Austen (Persuasion) (1818)
Mas o que é a vida se não uma série de encontros e desencontros?
Alguns deles bons, outros ruins,
Alguns que merecem ser esquecidos e são,
Outros devem ser guardados na memória, eternizando o momento.
Era para ser mais uma dessas estórias de um filme qualquer, se não fosse tão real, ou melhor dizendo, virtual.
Tinha tudo pra não dar certo, mas deu e muita coisa mudou. Nossos corações, se fechados, aos poucos foram se abrindo, permitindo que entrássemos sem maiores alardes. Nossos gostos e sentimentos, semelhantes e sempre em sintonia permitiam nos encontrar aonde quer que fosse, não era preciso estarmos juntos para termos um ao outro. No entanto a necessidade de presença física surgiu, e como naquela estória, tivemos que nos separar. Agora não só mais a distância nos separava, outras coisas também. Cada um tratou de seguir a sua vida, e assim está sendo até hoje, no entanto tudo continuou a ser como era antes: gostos semelhantes, sentimentos em sintonia e corações abertos.
O final dessa estória eu sei e você também;
O da nossa, o tempo se encarregará de escrever...
Há quem diga que estórias reais podem virar filmes, mas dificilmente um filme poderá se tornar real. Eu era uma dessas, até que algo me fez mudar de opinião.
Ao meu ver, nada nesta vida acontece por acaso, tudo tem sua hora, cabe a nós saber como e quando fazer acontecer.
terça-feira, 20 de maio de 2008
SOBRE A VIDA...
Não tenhas medo de errar, e se errar, acredite que esse erro um dia vai virar acerto. Não tenhas medo de cair, se cair levante e siga em frente. Ser forte, ser persistente, e então alcançarás e terás por merecimento o reconhecimento de teus méritos e verás com outros olhos a vida.
terça-feira, 22 de abril de 2008
RAPIDINHA...
segunda-feira, 10 de março de 2008
CAPITULO I
CONHECIMENTO
Andei olhando uns dicionários por aí, e neles diziam que conhecer é ter noção de, saber; ter relações com; saber quem é; ter experimentado; julgar, avaliar; distinguir. Fiquei me perguntando depois sobre todos esses significados, refletir. Cheguei a uma rápida conclusão de que refletir leva ao conhecimento e que hem ou hein, está no dicionário e que eu errei ao escrever a palavra suscetível em um trabalho...
A vida é se não um contínuo amadurecimento, o que nos leva a um tipo de conhecimento baseado em experiências, e eu, bem, eu não me conheço, porque vivo em constante metamorfose, sempre surpreendendo, mas a parte que me conheço são das caracteristicas imutáveis, e essa vai comigo pra onde eu for e por mais que eu queira as vezes ocutar é praticamente impossível esconder.
Posso dizer que hoje estou melhor do que ontem, e que tenho descoberto coisas novas que estão me levando a me conhecer melhor, então poderia eu dizer que tenho noção de mim? Que sei quem sou? Que posso julgar, avaliar ou distinguir? Minha resposta seria "em parte". Ter relações é importante, mas eu ainda me privo um pouco delas e até sinto falta as vezes e é por essa razão e outras que resolvi experimentar novas relações, novas emoções e com isso passei a conhecer um lado da vida que eu desconhecia, um "eu" que estava adormercido ou tímido num canto. E mais uma vez estou ali surpreendendo a mim e aos outros. Não me contento com pouco, eu quero sempre mais e por essas e outras razões procuro sempre ver os três lados da moeda.
Não é porque eu ando de bermudão e top no meio da rua, ou porque vou pra um jantar de camiseta, jeans e all star que eu conheça menos que os que estão me olhando com indiferença, assim como não subestimo o conhecimento de um garçon ou um mendigo. Eles tem experiências de vida diferentes da minha e gosto de ouvi-los, de conversar, e há quem diga que eu sou louca ou que estou perdendo tempo. Será? Eu ando a observar, eu olho mais do que falo, eu analiso, eu crio, visualizo situações e por isso me chamam de sonhadora. O problema é que eles não acreditam em sonhos, eu, eu acredito, pois é preciso sonhar primeiro para em seguida ir atrás.
E as vezes eu fico rindo, porque aqueles que me chamam de sonhadora, de louca e que dizem que perco meu tempo por ai sempre vem atrás de mim por algum motivo, e eu sempre estou lá para eles, e sei que assim como eu, eles tropeçam, caem e se machucam. Uns me chegam com uma pequena ferida ou arranhão fazendo um escândalo, eu não subestimo a dor deles, mas mostro as minhas cicatrizes e apenas digo: "isto é só o começo", mas nem todas as cicatrizes e feridas devem ser mostradas, assim como nem todo conhecimento deve ser mostrado, conhecimento deve ser adquirido e adquirir leva tempo e hoje em dia nem todo mundo tem tempo... Há tantas formas de se ver o mesmo lado, o que eu vejo, talvez você não veja.
Talvez eu esteja chegando nos meus 1%.rsrsrs
Aprendi a brigar um pouco por aquio que acho certo, e olha que tá se tornando chato, brigar nunca foi meu forte, mas algumas brigas não podemos nos deixar vencer.
segunda-feira, 3 de março de 2008
PREFÁCIO
O homem vive em uma eterna busca, uma verdadeira perseguição sobre si. Às vezes se faz manso, outras vezes feroz. Vive de sonhos, e desde pequeno foi ensinado a lutar pelo que sonha e assim o faz. Ele planeja, escolhe o caminho a seguir sem saber se é certo ou errado. Após sair não há tempo certo para voltar, pode durar um dia, uma semana, vários dias... Uma vez escolhido o caminho não se pode voltar atrás, mas mudar de rota, fugir das armadilhas da mata escura, sempre havendo abrigo para as noites e dias tempestuosos. Abrir feridas, esquecer os medos, acreditar em si, não há nada a temer. Buscar o que está perdido, e para isso é necessário momentos de reclusão, saber se fazer ouvir a voz do silêncio, saber ouvir o coração, sempre com olhar atento. Se deslumbrar com o novo, descobrir o que foi e não é mais. Olhar para a presa, preparar o bote e sentir seus olhos pedirem pela vida. É procurar no escuro da solidão as razões para ser quem sou, para se estar ali. É inevitável, é do ser humano e não se pode fugir. É instinto, não é o que sou, mas o que me faz, eu, caçadora de mim.