segunda-feira, 10 de março de 2008

CAPITULO I

CONHECIMENTO

Andei olhando uns dicionários por aí, e neles diziam que conhecer é ter noção de, saber; ter relações com; saber quem é; ter experimentado; julgar, avaliar; distinguir. Fiquei me perguntando depois sobre todos esses significados, refletir. Cheguei a uma rápida conclusão de que refletir leva ao conhecimento e que hem ou hein, está no dicionário e que eu errei ao escrever a palavra suscetível em um trabalho...
A vida é se não um contínuo amadurecimento, o que nos leva a um tipo de conhecimento baseado em experiências, e eu, bem, eu não me conheço, porque vivo em constante metamorfose, sempre surpreendendo, mas a parte que me conheço são das caracteristicas imutáveis, e essa vai comigo pra onde eu for e por mais que eu queira as vezes ocutar é praticamente impossível esconder.
Posso dizer que hoje estou melhor do que ontem, e que tenho descoberto coisas novas que estão me levando a me conhecer melhor, então poderia eu dizer que tenho noção de mim? Que sei quem sou? Que posso julgar, avaliar ou distinguir? Minha resposta seria "em parte". Ter relações é importante, mas eu ainda me privo um pouco delas e até sinto falta as vezes e é por essa razão e outras que resolvi experimentar novas relações, novas emoções e com isso passei a conhecer um lado da vida que eu desconhecia, um "eu" que estava adormercido ou tímido num canto. E mais uma vez estou ali surpreendendo a mim e aos outros. Não me contento com pouco, eu quero sempre mais e por essas e outras razões procuro sempre ver os três lados da moeda.
Não é porque eu ando de bermudão e top no meio da rua, ou porque vou pra um jantar de camiseta, jeans e all star que eu conheça menos que os que estão me olhando com indiferença, assim como não subestimo o conhecimento de um garçon ou um mendigo. Eles tem experiências de vida diferentes da minha e gosto de ouvi-los, de conversar, e há quem diga que eu sou louca ou que estou perdendo tempo. Será? Eu ando a observar, eu olho mais do que falo, eu analiso, eu crio, visualizo situações e por isso me chamam de sonhadora. O problema é que eles não acreditam em sonhos, eu, eu acredito, pois é preciso sonhar primeiro para em seguida ir atrás.
E as vezes eu fico rindo, porque aqueles que me chamam de sonhadora, de louca e que dizem que perco meu tempo por ai sempre vem atrás de mim por algum motivo, e eu sempre estou lá para eles, e sei que assim como eu, eles tropeçam, caem e se machucam. Uns me chegam com uma pequena ferida ou arranhão fazendo um escândalo, eu não subestimo a dor deles, mas mostro as minhas cicatrizes e apenas digo: "isto é só o começo", mas nem todas as cicatrizes e feridas devem ser mostradas, assim como nem todo conhecimento deve ser mostrado, conhecimento deve ser adquirido e adquirir leva tempo e hoje em dia nem todo mundo tem tempo... Há tantas formas de se ver o mesmo lado, o que eu vejo, talvez você não veja.
Talvez eu esteja chegando nos meus 1%.rsrsrs
Aprendi a brigar um pouco por aquio que acho certo, e olha que tá se tornando chato, brigar nunca foi meu forte, mas algumas brigas não podemos nos deixar vencer.

segunda-feira, 3 de março de 2008

PREFÁCIO

Primeiro Deus criou o mundo; para isso ele levou seis dias, pois no sétimo descansou. No sexto dia ele criou o homem, e desde então não teve mais sossego.



O homem vive em uma eterna busca, uma verdadeira perseguição sobre si. Às vezes se faz manso, outras vezes feroz. Vive de sonhos, e desde pequeno foi ensinado a lutar pelo que sonha e assim o faz. Ele planeja, escolhe o caminho a seguir sem saber se é certo ou errado. Após sair não há tempo certo para voltar, pode durar um dia, uma semana, vários dias... Uma vez escolhido o caminho não se pode voltar atrás, mas mudar de rota, fugir das armadilhas da mata escura, sempre havendo abrigo para as noites e dias tempestuosos. Abrir feridas, esquecer os medos, acreditar em si, não há nada a temer. Buscar o que está perdido, e para isso é necessário momentos de reclusão, saber se fazer ouvir a voz do silêncio, saber ouvir o coração, sempre com olhar atento. Se deslumbrar com o novo, descobrir o que foi e não é mais. Olhar para a presa, preparar o bote e sentir seus olhos pedirem pela vida. É procurar no escuro da solidão as razões para ser quem sou, para se estar ali. É inevitável, é do ser humano e não se pode fugir. É instinto, não é o que sou, mas o que me faz, eu, caçadora de mim.