domingo, 10 de abril de 2011

SAUDADE

                                        “Sem a saudade o amor irá embora”(Allan Petermann)
O ciclo de vida do ser humano e animal são: nascer, crescer, reproduzir, mas acima de tudo, viver, viver o suficiente pra deixar saudades. Saudade, uma palavra que só existe no galego e português. Saudade, palavra que vem da solidão. Ah, saudade... saudade que se sente de quem está longe, de quem está perto, de quem foi bem ali e volta já. Saudade de receber aquele telefonema diário, aquela mensagem. Saudade se sente aqui, ali, em todo lugar. Saudades dos tempos que não voltam mais, dos quais só restam lembranças. Saudade, nada mais que uma espera, a espera do retorno de quem partiu, e muitas vezes uma espera, uma infinita espera.
Saudade, pior do que qualquer enfermidade. Algumas se curam, outras não têm fim. Saudade não tem medida. Saudade que faz rir e chorar, de alegria ou de tristeza. Saudade mesmo se sente de quem foi e não volta mais, e essa não vai embora. Saudade, a sétima palavra de mais difícil tradução.
Já dizia Patativa do Assaré: “Saudade é que nem fogo de monturo: por fora tudo perfeito, por dentro fazendo furo”
Saudade anda de mãos dadas com o Amor, e quando a gente pensa que esqueceu, alguma coisa acontece, nos fazendo lembrar novamente, até mesmo porque saudade não se esquece, elas apenas adormece e vez por outra acorda, batendo no peito forte, só sei de uma coisa: saudade não se define, saudade se sente!