Uma menina presa numa camisa de força
(ou seria melhor dizer de gesso);
Um copo de cristal quebrado ao menor ruído,
E que pensava ser mais um desses de metal Qualquer.
Pura ilusão...
Uma menina iludida, que anda com os pés descalços
Porque gosta de sentir a "terra"
(por mais quente e torturante que ela esteja),
E que, por mais dura que a vida seja,
Vive sorrindo dela, levando-a na brincadeira,
Pois é melhor rir, mesmo na hora de chorar...
Uma menina que rir de tudo
E que faz piada das próprias desgraças
Porque sabe que, por mais certa que seja,
Para quem fica (porque eu mesma não a temo),
Pior mesmo é a morte...
Uma menina que faz as coisas procurando não errar,
E no entanto, só vive errando.
Um poço de paciência, um muro de tranqüilidade
(se bem que um muro divide dois lados,
e vai ver do outro está a ansiedade,
que vez outra teima em pular só pra provocar),
E o mundo hoje exige pressa,
E quando todos estão correndo, estou andando;
E quando todos andam, estou dormindo,
Porque as vezes, bom mesmo é sonhar...
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