sexta-feira, 22 de agosto de 2008

DESCRIÇÃO

Uma menina presa numa camisa de força

(ou seria melhor dizer de gesso);

Um copo de cristal quebrado ao menor ruído,

E que pensava ser mais um desses de metal Qualquer.

Pura ilusão...

Uma menina iludida, que anda com os pés descalços

Porque gosta de sentir a "terra"

(por mais quente e torturante que ela esteja),

E que, por mais dura que a vida seja,

Vive sorrindo dela, levando-a na brincadeira,

Pois é melhor rir, mesmo na hora de chorar...

Uma menina que rir de tudo

E que faz piada das próprias desgraças

Porque sabe que, por mais certa que seja,

Para quem fica (porque eu mesma não a temo),

Pior mesmo é a morte...

Uma menina que faz as coisas procurando não errar,

E no entanto, só vive errando.

Um poço de paciência, um muro de tranqüilidade

(se bem que um muro divide dois lados,

e vai ver do outro está a ansiedade,

que vez outra teima em pular só pra provocar),

E o mundo hoje exige pressa,

E quando todos estão correndo, estou andando;

E quando todos andam, estou dormindo,

Porque as vezes, bom mesmo é sonhar...

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